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    IGP-M recua 0,70% em agosto

    Índice conhecido como a inflação do aluguel cai na comparação com o mês anterior. Especialistas do Clube FII alertam sobre o impacto no mercado de Fundos Imobiliários

    Por Arthur Moraes
    terça-feira, 30 de agosto de 2022 Atualizado

    A deflaçao chegou também ao IGP-M. Pela primeira vez em 2022 o índice de preços medido pela FGV e popularmente conhecido como "inflação do aluguel" foi negativo.

     

    Em agosto o IGP-M foi de -0,70%. A deflação já era esperada pelos agentes de mercado, mas superou as expectativas.

     

    IGP-M recua 0,70% em agosto

     

    Deflação significa que, em média, os preços de produtos e serviços caíram 0,70% no mês de agosto, em comparação com julho. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas, a queda do preço dos combustíveis pode ser considerada a principal responsável pelo resultado, tanto para preços ao produtor quanto para o consumidor, mas outros itens de consumo também tiveram queda de preço (deflação) como educação, leitura e recreação, ou diminuição do ritmo de aumento de preços (desinflação), tais como alimentação e laticínios. 

     

    Apesar de negativo no mês, o índice acumula alta de 7,63% no ano e de 8,59% nos últimos 12 meses. Ou seja, um contrato de locação reajustado pelo IGP-M no mês atual levaria a um aumento no valor do aluguel na ordem de 8,59%, para os próximos 12 meses.

     

    Thiago Otuki, economista do CLube FII, comenta que o dado surpreendeu positivamente. "O mercado esperava uma deflação próxima de 0,55% e em linha com o comportamento do IPCA - fortemente influenciado pela queda do preço dos combustíveis", afirma.

     

    Quais os efeitos para os fundos imobiliários:

     

    Os contratos de locação não são reajustados mensalmente e sim anualmente, conforme o índice acumulado. Nesse sentido a deflação apenas diminui a magnitude do reajuste, que continua positivo. Para efeito de comparação, em agosto de 2021 o IGP-M acumulado de 12 meses era de 31,12%.

     

    Já os fundos de recebíveis que possuam títulos atrelados ao IGP-M e com pagamentos mensais receberão efetivamente menos, o que pode refletir em rendimentos menores nos próximo meses.

     

    Otuki nota que muitos investidores de fundos imobiliários questionam se ainda devem seguir investindo em fundos de recebíveis ou se seria momento de alocar predominantemente em fundos de tijolo. Para o economista, a diversificação é o melhor caminho. 

     

    "Vejo que a inflação ainda é um desafio para os Bancos Centrais do mundo todo. O Brasil não é diferente. Dessa forma, ter parte da carteira em FIIs de papel indexados ao IPCA/IGPM continua como uma opção de proteção contra a inflação dentro de um contexto global da carteira do investidor".


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