O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) caiu 0,14% em agosto, após queda de 0,72% em julho, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

No ano, o índice acumula taxa negativa de 5,28%. E em 12 meses, baixa de 7,20%.

Em agosto de 2022, o índice havia caído 0,70% e acumulava alta de 8,59% em 12 meses.

“Nesta apuração do IGP-M, os produtos agropecuários (de -1,87% para 0,02%) e industriais (de -0,75% para -0,24%) contribuíram para a taxa menos negativa do índice ao produtor. Na parte agrícola, a maior influência veio da soja (de 0,03% para 5,63%) e, do lado industrial, do óleo Diesel (de 0,00% para 4,15%). A taxa do INCC acelerou e foi outro destaque importante a contribuir para a queda menos intensa do IGP-M, sendo a mão-de-obra (de 0,38% para 0,71%) a principal contribuição para a aceleração deste índice”, informou André Braz, coordenador dos Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da FGV.

Ainda segundo a FGV, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) – integrante da composição do IGP-M –  caiu 0,17% em agosto, em contraste com a queda de 1,05% em julho. Dentro do grupo Bens Finais, a taxa foi de -0,69% em agosto, sendo que a maior contribuição veio do subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -7,71% para -0,95%.

A inflação ao consumidor registrou uma queda de 0,19% em agosto, em comparação com a variação positiva de 0,11% em julho. Seis das oito classes de despesas tiveram decréscimo em suas taxas de variação, com destaque para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que passou de 1,15% para -1,19%. A passagem aérea teve um impacto significativo nesse grupo, com uma variação negativa de -8,72%.

Na construção civil, o índice teve uma variação de 0,24% em agosto, em comparação com 0,06% em julho. Os três grupos componentes do INCC apresentaram as seguintes variações: Materiais e Equipamentos (-0,11%), Serviços (0,22%) e Mão de Obra (0,71%). Esses números indicam uma ligeira aceleração nos custos da construção no mês de agosto.

O IGP-M é uma média ponderada destes três índices: de preços ao produtor, preços ao consumidor e preços da construção civil.