O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou alta a 1,83% em fevereiro, de acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas.

Em relação a janeiro de 2022, quando o IGP-M registrou 1,82%, o índice apresenta uma ligeira aceleração. No acumulado de 12 meses, o IGP-M tem alta a 16,12%. No ano de 2022, o índice está em 3,68%.

De acordo com o economista do Clube FII, Thiago Otuki, o IGP-M de fevereiro veio linha com a expectativa de mercado. No entanto, o cenário atual fará mais pressão sobre a inflação porque a guerra entre Rússia e Ucrânia vai afetar o preço do petróleo e demais commodities importantes.

“Vamos ver como fica a previsão dos economistas no próximo Boletim Focus. Após um grande pico do IGP-M no ano passado, a expectativa era de que o índice começasse a ceder. Mas a confirmação do início do conflito ontem muda esse cenário”, alerta.

Otuki lembra que o IGP-M elevado por tanto tempo impacta o lado da oferta do mercado imobiliário, pois o custo da construção aumenta. Muitos contratos de locação residencial também são reajustados pelo índice.

No ano passado, vários locatários conseguiram descontos com as imobiliárias e os proprietários dos imóveis.

“No mercado de FIIs, vamos acompanhar com atenção como ficarão os reajustes em segmentos ainda com vacância elevada, como o corporativo. Vejo que os FIIs predominantes em contratos atípicos de longo prazo e indexados ao IGP-M são beneficiados, pois nesse tipo de contrato a margem de negociação é bem menor para o locatário”, explica.