IGP-M avança 1,74% em março
Inflação do aluguel recuou em relação a fevereiro, mas gera preocupações pelos efeitos do choque dos combustíveis

O IGP-M – Índice Geral de Preços Mercado - indicador considerado a inflação do aluguel por corrigir muitos contratos de locação, avançou 1,74% em março, de acordo com a Fundação Getulio Vargas.
A taxa ficou abaixo da registrada no mês de fevereiro, quando apontou alta de 1,83%. O IGP-M também recuou em relação ao verificado um ano atrás, que foi de 2,94%.

No acumulado de 12 meses, o IGP-M está em 14,77%, de acordo com a FGV.
A queda da taxa de fevereiro para março, segundo a instituição, foi causada pelos preços no atacado. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) recuou de 2,36% em fevereiro para 2,07% em março.
O economista do Clube FII, Thiago Otuki, chama a atenção para a diferença entre o IGP-M acumulado de 12 meses de agora, de 14,77% para um ano atrás, de 31,10%.
“Em 2021, a alta do indicador levou a muitas negociações entre proprietários de imóveis e locatários para substituição do indexador para o IPCA”, lembrou.
Otuki afirma que poderíamos ter um resultado melhor não fossem os combustíveis.
Segundo a FGV, os combustíveis reajustados no dia 11 de março começaram a influenciar os resultados da inflação ao produtor e ao consumidor.
“O preço do diesel avançou 8,89% ao produtor, e o da gasolina subiu 1,36% ao consumidor”, destacou.
Do lado negativo, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,73% em março, ante 0,48% em fevereiro.
“O impacto é direto no setor de construção civil”, alertou Otuki.