O ano de 2021 termina com uma semana de alta vigorosa fundos imobiliários. O IFIX, principal índice do setor, encerrou o último pregão do ano aos 2.804,79 pontos, na maior cotação desde o começo de agosto. A valorização na semana foi de 2,94%: a maior alta em uma semana desde a primeira semana de junho de 2020.

Essa é a quinta semana seguida no positivo. A última vez que isso aconteceu foi no período entre agosto e setembro do ano passado, com seis semanas seguidas de ganhos. Mas o fechamento de 2021 teve um ganho mais expressivo, de 10,36%, que o maior saldo positivo em cinco semanas desde abril de 2020.

Dividindo o índice pelos segmentos de atuação, a única categoria com performance negativa por o setor educacional, que tem como único representante o Rio Bravo Renda Educacional (RBED11). O destaque ficou com os fundos de shopping, com média acima de 5% de ganhos na semana.

Entre os fundos que compõem o índice, o Santander Papéis Imobiliários CDI (SADI11) teve ganho de mais de 10% na semana. Com mais de 94% dos seus CRIs atrelados ao CDI, o fundo vem se beneficiando das frequentes altas da SELIC dos últimos meses. Depois de passar meses distribuindo de R$ 0,15 a 0,20 por mês para cada cota, o fundo teve dez meses seguidos de aumento dos proventos, anunciando hoje a sua última distribuição do ano, de R$ 0,77/cota, o maior dividendo da sua história.

Dos 103 fundos que compõem o índice, apenas 11 tiveram performance negativa na semana. O Brazil Realty (BZLI11) teve perdas de 4,38%. Por se tratar de um fundo com poucos cotistas (323) e baixíssima liquidez (menos de 100 negócios por mês) é natural que haja uma volatilidade maior, onde uma pequena força compradora ou vendedora causa movimentos importantes na cotação, mesmo sem que o fundo tenha trazido qualquer novidade ao mercado. O fundo, apesar de ser negociado em bolsa desde 2018, nunca distribuiu dividendos e não divulga muitas informações ao mercado, limitando-se praticamente apenas aos documentos obrigatórios.