Todo o mercado já sabia que a semana seria cheia de notícias importantes para os fundos imobiliários. No cenário macroeconômico, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM), em sua primeira reunião do ano, decidiria por mais uma alta da taxa Selic, para 10,75%, patamar mais alto desde meados de 2017. E, no ambiente mais específico dos FIIs, acompanhava-se com atenção o desenrolar do processo sobre o tratamento contábil das distribuições de rendimentos do Maxi Renda (MXRF11) e eventuais impactos para outros fundos. Numa decisão inédita, o Colegiado da CVM, optou por suspender temporariamente os efeitos da sua decisão de dezembro, permitindo uma reflexão mais apurada sobre o tema.

Isso levou investidores a evitarem grandes movimentações e esperar as informações estarem mais claras antes de tomar qualquer decisão. Assim, o IFIX, principal índice do setor, não teve nenhum pregão com movimento – positivo ou negativo – de mais de 0,25%. Na sexta, ele fechou aos 2.771,91, uma alta de apenas 0,07% em relação à semana passada.

Dos 104 fundos que compõem o índice, 18 fecharam a semana na estabilidade, com variações – para cima ou para baixo – de menos de 0,5%. Nove tiveram alta leva, de até 1%, e 19 subiram de maneira mais forte. No alto da lista, três fundos de fundos e a liderança ficou com o Blue Macaw Renda FOF, BLMR11, com ganhos de 5,13%, aos R$ 7,99, maior cotação desde junho do ano passado. Desde a cotação mais baixa, em 26 de novembro, o fundo já se valorizou mais de 17%.

Já no lado negativo do índice, 14 tiveram quedas entre 0,5% e 1% e 44 perderam mais de 1%. O destaque fica com o TG Ativo Real, TGAR11, único fundo a se desvalorizar mais de 5% na semana. Na segunda-feira, o fundo divulgou o relatório gerencial relativo a dezembro e o mercado reagiu aos custos que o fundo tem com a taxa de performance: no segundo semestre do ano, foram mais de R$ 17 milhões, o que equivale R$ 1,57/cota, o que supera a distribuição mensal média do fundo.