O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a semana cotado a 2.760,96 pontos, uma queda de 0,34% em relação à semana anterior (2.770,26 pontos). Este é o quarto declínio semanal consecutivo do índice, que chegou a atingir 2.732,35 pontos na tarde de quinta-feira, 30/03/2023, a pior cotação em um ano. No acumulado de março, o IFIX teve uma queda de 1,69%, e no acumulado do ano, a queda é de 3,70%. Em relação aos últimos 12 meses, o índice apresenta uma pequena queda de 0,68%.

O fundo imobiliário XP Properties (XPPR11) foi o destaque positivo da semana, com um ganho de 10%, fechando a R$ 25,85. Este é o primeiro ano em que o fundo registra duas semanas consecutivas de ganhos, após o anúncio da venda de participação em quatro imóveis, o que gerou um lucro de R$ 0,41/cota aos investidores e permitiu ao fundo reduzir sua alavancagem e despesas com juros.

Dos 111 FIIs que hoje compõem o IFIX, o segmento de recebíveis imobiliários, ou "fundos de papel", foi o principal responsável pela queda desta semana. Dos 42 fundos desse segmento, 24 apresentaram queda, em alguns casos, de dois dígitos. Os cinco fundos que mais caíram na semana foram DEVA11, VSLH11, HCTR11, TORD11 e BCRI11, todos investidores em hotéis do grupo Gramado Park através de CRIs.

O grupo Gramado Park entrou na justiça alegando dificuldades financeiras, e o juiz do caso permitiu provisoriamente que o grupo ficasse desobrigado de pagar seus compromissos por 60 dias, até que fossem enviados documentos adicionais. Essa decisão gerou uma forte pressão vendedora nos fundos que investem no grupo, resultando em mínimas históricas para os cinco fundos citados. O desempenho negativo destes fundos já era observado nas últimas semanas, acentuando-se com os eventos recentes.