O IFIX encerrou o pregão dessa sexta-feira aos 2.991,66, numa desvalorização de 0,37% em relação à semana anterior. Com isso, o principal índice dos fundos imobiliários interrompe uma sequência de 12 semanas seguidas de ganhos, a mais longa dos últimos 5 anos: a última vez que algo assim havia acontecido foi entre novembro de 2016 e março de 2017, com 15 semanas no positivo. De qualquer maneira, não há muito que os investidores possam reclamar. Afinal, nos últimos 12 meses, os ganhos acumulados são de 9,48%.

Fazendo a organização dos FIIs pelo seu setor de atuação, observa-se que a queda dessa semana foi concentrada nos fundos de recebíveis. Dos 108 fundos da carteira teórica do IFIX, 37 tiveram quedas de 1% ou mais e, desses, quase metade (17) pertencem ao segmento. Dos 40 “fundos de papel”, 20 tiveram desvalorização de pelo menos 0,5%.

Dos cinco fundos que mais caíram na semana, quatro são exatamente do segmento de recebíveis – incluindo três primeiros. Encabeçando a lista, o DEVA11, Devant Recebíveis Imobiliários, recuou mais de 6%, fechando aos R$ 90,99, a cotação mais baixa desde a sua criação, em agosto de 2020. Na semana anterior, o fundo anunciou distribuição de rendimentos de R$ 0,55 por cota, no quarto mês seguido com redução. Hoje, o fundo negocia com valores 9% abaixo do seu valor patrimonial.

Já no alto da tabela, o VINO11, Vinci Offices, reverteu as perdas da semana passada, subindo 2,88%, cotado a R$ 50,00. O fundo vem distribuindo dividendos de R$ 0,34 por cota, em linha com o guidance reportado pela gestão, o que, somado ao fato de que 67% das receitas são de contratos atípicos, traz uma previsibilidade ao investidor. Atualmente, o dividend-yield acumulado de 12 meses está em 9,30%.