Nesta sexta-feira, o IFIX fechou aos 2.541 pontos. Todos os pregões dessa semana foram negativos para o principal índice dos fundos imobiliários, acumulando perdas de 2,02%, na sexta semana seguida de desvalorização.
Olhando por segmentos, todos tiveram resultado negativo. A única excessão coube ao segmento de agências bancárias, atualmente composto apenas pelo BB Progressivo II (BBPO11), mas cuja alta foi de apenas 0,01%. A maior queda foi dos fundos de shopping e varejo: na média, -3,77% na semana. 

 Porém, quando levamos em consideração o peso que cada segmento tem no IFIX, vemos que os maiores contribuintes para o resultado negativo do índice foram os fundos de recebíveis, já que, atualmente, eles são responsáveis por quase 40% da composição da carteira.

Dos 103 fundos que compõem o índice, apenas 15 tiveram desempenho positivo na semana. A liderança ficou como BTG Pactual Crédito Imobiliário (BTCR11), com alta de mais de 3%, enquanto o mercado ainda reage à distribuição de rendimentos ocorrida no último dia 16, de R$ 0,80/cota. É o maior pagamento de proventos feito na história do fundo, que iniciou suas operações em 2018.

Já a pior performance ficou com o GGR Covepi Renda (GGRC11), com uma queda de quase 10% na semana. É a segunda pior semana do fundo desde a sua constituição, em 2017, superando apenas a terceira semana de março de 2020, no começo da pandemia. Foram cinco dia seguidos de baixa em resposta a duas notícias da semana passada. No dia 18, o fundo comunicou que, apesar de ter conseguido revogar a liminar pedida pela Covolan, que a concedia desconto de 40% sobre o aluguel vigente, a inquilina ainda não havia pagado os valores devidos.

E, no dia seguinte, o fundo anunciou a suspensão da sua quinta emissão de cotas. Isso gerou uma preocupação nos investidores do fundo, pois os recursos dessa captação seriam usados para o pagamento de compromissos que o fundo assumiu na compra do imóvel locado para as Lojas Americanas. A primeira parcela, de cerca de 40% da operação foi paga no ato da escritura, e as demais, no valor aproximado de R$ 50 milhões cada, vencem em março e setembro do ano que vem e março de 2023. Com a emissão suspensa por tempo indeterminado, geram-se incertezas sobre como o fundo honrará os pagamentos.