A última semana de abril (24 a 28) foi marcada por ganhos expressivos no mercado de fundos imobiliários, registrando a terceira semana seguida de altas importantes. O IFIX, índice que mede o desempenho dos fundos imobiliários listados na B3, fechou a semana aos 2.858,23 pontos, uma alta de 1,57% em comparação ao fechamento da semana anterior (2.813,94). Nas duas semanas anteriores, o índice havia registrado altas de 0,76% e 1,17%, respectivamente. O movimento mais acentuado foi observado na sexta-feira, dia 28, com alta de 1,10%.

Esse otimismo permeou o mercado, refletindo-se em ganhos para 85 dos 111 fundos que compõem o índice. Nesse contexto, os destaques recaem sobre dois segmentos: todos os 18 fundos de logística e os cinco fundos de shopping registraram valorização, com uma média de mais de 2%.

O melhor desempenho, entretanto, ficou por conta do Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), que fechou a semana cotado em R$ 119,92 - uma alta de 7,95%. O fundo anunciou a renovação do aluguel com um inquilino do Edifício JK Financial Center, bem como dois novos contratos de locação: um no imóvel Bravo! Paulista e outro no Edifício Internacional Rio. Essas movimentações zeraram a vacância do fundo no Rio de Janeiro e reduziram a vacância total para 17,7%.

Em contrapartida, o Tordesilhas EI (TORD11), gerido pela R Cap, teve a maior queda na semana, fechando cotado em R$ 3,51 - uma redução de 6,15%. Essa é a oitava semana seguida de queda para o fundo, que enfrenta desafios em diversas frentes: todos os seus Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) estão inadimplentes, envolvidos em disputas judiciais ou em processo de reestruturação; problemas na venda de unidades afetam os hotéis dos quais é sócio; e um dos principais fundos imobiliários de seu portfólio, atualmente gerido pela própria R CAP, enfrenta solicitação dos cotistas para mudança de gestão. Nos últimos 12 meses, o fundo acumula desvalorização superior a 53%.