Dois segmentos de Fundos Imobiliários que chamam a atenção pelos seus desempenhos durante e após a pandemia são o de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) – popularmente conhecidos como os fundos de papel – e os FIIs de Shopping Centers.

O Fórum GRI trouxe expoentes dos dois setores para debaterem a situação e as perspectivas diante do atual cenário econômico brasileiro de deflação e juros básicos elevados.

No painel sobre os Fundos de CRIs, a presença de Daniel Diniz Sznelwar, co-CEO da LOT Consult, Alexandre Donini, sócio e gestor de Renda Fixa e Imobiliário da Plural Gestão e Bruno Bagnariolli, sócio e responsável pela área de Real Estate da Jive-Mauá.

Ainda no debate, Danny Gampel, sócio e responsável de Crédito Estruturado da Cy Capital, Eduardo Levy, CIO e sócio-fundador da Kilima Asset Management, Luciana Improta, diretora da Integral Brei e Rossano Nonino, sócio e diretor executivo da Fator ORE.

A grande questão do painel foi se os fundos de CRI continuam sendo a 'bola da vez', após a ascensão durante o período de pandemia e as perdas em rentabilidade com a redução das taxas de inflação que corrigem a maioria dos ativos.

“Eu acho que [Fundos Imobiliários] de tijolo vão recuperar o protagonismo”, afirmou Nonino. 

Entre os painelistas, a visão de que os fundos de papel seguem como boa opção para uma carteira diversificada dos investidores, com o objetivo de mitigação de riscos de oscilações de mercado.

A retomada dos shopping centers

Danilo Barbosa, sócio-diretor da área de Pesquisa e Planejamento Financeiro do Clube FII, foi o moderador do painel que tratou da situação dos Fundos Imobiliários de shopping centers.

Os convidados para o debate foram Mauro Junqueira, diretor de Investimentos da Aliansce Sonae, Rodrigo Coelho que é sócio para Real Estate da Vinci Partners e Rodrigo Selles, CIO da Genial Investimentos.

A resiliência do setor foi o tema central das discussões.

“A força dos shoppings é a pulverização da base de lojistas. Você precisa tratar cada lojista como um ser individual de modo diferenciado”, afirmou Coelho.

Na opinião de Junqueira, dentro dos shopping centers, ainda há setores com maior dificuldade de recuperação. 

“O cinema ainda não voltou. Por isso, 80% a 90% dos ativos ainda estão aquém do nível de 2019. Mas a expectativa é que o ano que vem tenha um fluxo melhor”.

O Fórum GRI 2022 é realizado no hotel Tivoli Mofarrej, na cidade de São Paulo, nesta quinta-feira (27) na modalidade híbrida.

Os ingressos para a participação presencial ficaram esgotados semanas antes do evento.

Para a participação online, acesse o link e se inscreva gratuitamente para assistir às palestras ao vivo.