Especialistas discutem crescimento de segmento de ‘tijolo’ após pandemia
Debate fez parte do evento presencial XP Talks para discutir Fundos Imobiliários, na cidade de São Paulo

O desempenho dos Fundos Imobiliários de tijolo, ou seja, os FIIs com ativos de imóveis em carteira, foi discutido no evento presencial XP Talks, na cidade de São Paulo.
Rafael Hazarian, da cobertura de Real Estate e Fundos Listados da XP Inc. moderou o debate entre os representantes do segmento.

Pedro Carraz, gestor de portfólio Real Estate na XP Asset Management começou a discussão com um comentário otimista sobre o setor.
“O ano de 2022 foi espetacular e o de 2023 tem sido muito bom. O tijolo é a bola da vez e estou muito animado, em especial, com o setor de shoppings”.
Na visão de Diego Siqueira, fundador e co-CEO na Trinus e TG. Core, a força do segmento está nos empreendimentos de desenvolvimento – residenciais - do interior do país.
“É uma relação de retorno bastante interessante para nossos investidores”.
Outro participante do painel, Rodrigo Abbud, sócio-fundador na VBI Real Estate, lembrou os desafios enfrentados pelo segmento de Fundos Imobiliários de escritórios desde a pandemia.
“A recuperação do setor é o começo de um movimento de ganhos no aluguel, nos dividendos e de apreciação dos preços das cotas. O potencial de reação é grande”.
Hazarian perguntou aos painelistas sobre onde estão as oportunidades no setor de tijolo.
“A nossa maior concentração é nas regiões do agronegócio brasileiro que representam 80% do nosso portfólio”, respondeu Siqueira.
Abbud afirmou que não tem limitação geográfica.
"Localização é tudo quando você toma a decisão de investimento imobiliário. A gente não sai de São Paulo e estamos, momentaneamente, concentrados nas regiões de Jardins e Itaim", explica.
Carraz explicou que depende do segmento.
"São Paulo é o maior PIB do Brasil. Boa parte do nosso portfólio de shoppings está na capital paulista. Já para galpão, tem sido fora da cidade".