O IFIX, principal índice dos fundos imobiliários da B3, encerrou a sexta-feira na máxima da semana, aos 2.694,73 pontos. É a maior cotação desde 27 de outubro. Considerando as três semanas de alta, o índice já acumula ganhos 6,03%.

Entre os segmentos, a liderança ficou pelos fundos de shoppging e varejo, sendo puxado pelo Hedge Brasil Shopping (HGBS11) e pelo General Shopping Ativo e Renda (FIGS11), ambos com alta de mais de 5,5% na semana. Em segundo lugar, ficou o segmento de incorporação, mas que hoje tem pouco peso no índice, por ter apenas um representante: o Mérito Desenvolvimento Imobiliário (MFII11). Já as categorias com pior performance foram a de agências bancárias e de imóveis educacionais, cada uma composta por apenas um fundo: respectivamente, o BB Progressivo II (BBPO11) e o Rio Bravo Renda Educacional (RBED11).

Olhando o comportamento individual dos fundos, o destaque ficou com o XP Corporate Macaé (XPCM11), com alta de mais de 13% na semana. Entretanto, a única notícia que o fundo divulgou foi negativa: a reavaliação de seu imóvel, que gerou uma queda de cerca de 20% no valor patrimonial do fundo. Mesmo com a alta das cotações e a redução do valor patrimonial, o fundo aínda é o mais descontado sob a ótica do P/VP, que é a comparação entre o preço de mercado das cotas e o valor patrimonial: atualmente está em 0,41.

Já do outro lado do índice, o Blue Macauw Renda , fundo de fundo gerido pela Blue Macaw, teve todos os pregões negativos na semana e registrou perdas de quase 5%. O mercado reagiu negativamente ao Fato Relevante emitido depois do fechamento do mercado na sexta-feira dia 10, informando do cancelamento da 3ª Emissão de Cotas do fundo. O objetivo inicial era captar R$ 97 milhões, mas, com os preço das cotas no mercado bastante abaixo do preço da oferta, a chance de ter uma captação favorável era pequena. Assim, a BRL Trust, administradora do fundo, optou por cancelar, para talvez fazer uma nova emissão em um momento mais propício.