Os Fundos Imobiliários de crédito e os problemas de insolvência atuais foram discutidos no painel ‘FII Crédito’ do evento presencial XP Talks, nesta quarta-feira (31), na cidade de São Paulo.

O debate teve a moderação de Raphaella Oliveira, da área de Distribuição Varejo da XP Inc.

A falta de precisão dos relatórios gerenciais em relação aos riscos de crédito dos fundos foi destacada por Alessandro Vedrossi, sócio, gestor e co-responsável de Real Estate da Valora. debate.

Ele também destacou que, durante a pandemia, o setor em FIIs mais resiliente foi o residencial.

“A gente tem muita exposição ao segmento residencial, mas espera uma onda de distratos. Esse ambiente de taxas de juros altas é mais desafiador para o setor”.

Brunno Bagnariolli, sócio na Mauá Capital, comentou sobre os problemas de default de fundos de papel.

“A questão da marcação é uma grande baleia morta e acaba acarretando resgates no segmento de crédito”.

Outro convidado do painel, Gustavo Ribas, sócio, CEO e Co-CIO de Real Estate da Navi, falou sobre as garantias das operações de crédito que fazem parte das carteiras dos FIIs de papel.

“Essa crise que atingiu os ativos em garantias beneficiou os fundos em termos de rentabilidade da carteira. No entanto, os solavancos da economia exigem que a gente tenha atenção com o bolso do devedor”.

Raphaella Oliveira perguntou sobre a originação de crédito em um cenário já estressado.

Ribas respondeu com um comentário sobre a parceria entre a Navi e a securitizadora Jive.

"A única certeza sobre a gestão de crédito é que, em algum momento, ela vai falhar. O diferencial é saber o que fazer quando o problema chega".