Clube FII News News

Notícias para o investidor de fundos imobiliários

    Conheça o Clube FII

    Conheça o Clube FII

    Mercado

    Copom mantém taxa de juros Selic em 15% ao ano

    Decisão vai em linha com esperado por analistas de mercado

    Por ClubeFII
    quarta-feira, 30 de julho de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    Conforme esperado pelo mercado e em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa de juros básica da economia brasileira (Selic) em 15% ao final da reunião de dois dias finalizada nesta quarta-feira, 30 de julho.

     

    No comunicado, o Copom detalhou que, se o cenário esperado for confirmado, antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado. As projeções de inflação do Copom no cenário de referência são de 4,9% em 2025, 3,6% em 2026 e de 3,4% no primeiro trimestre de 2027.

     

    Assim, será possível “avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

     

    Segundo o colegiado, o cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. “O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, destacou. 

     

    Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, entende que a autarquia adotou uma assimetria altista na perspectiva para os juros, sinalizando que não hesitará em voltar a elevar a taxa Selic se for necessário. “Nesse trecho, avaliamos que o BC buscou afastar cenários em que se precificam cortes precoces da Selic, tornando as condições financeiras contraproducentes à restrição monetária pretendida”.

     

    José Francisco de Lima Gonçalves, economista e Doutor em Economia pela Unicamp, professor da FEA-USP, enxerga duas novidades no comunicado, incluindo uma primeira sinalização de ajuste da economia às metas do comitê e a atuação das projeções de inflação, em uma nova queda das estimativas.

     

    “No mais, o comunicado introduziu o acompanhamento dos anúncios referentes à imposição, pelos EUA, de tarifas comerciais ao Brasil e reiterou que o comitê acompanha como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”, completou Gonçalves.

     

    Ainda a respeito das tarifas americanas, o colegiado “chama atenção para os impactos dessas medidas sobre a volatilidade dos ativos e as condições financeiras globais, ressaltando a necessidade de cautela adicional para países emergentes, especialmente em um momento de crescente tensão geopolítica”, de acordo com Ariane Benedito, economista-chefe do PicPay.

     

    Copom mantém taxa de juros Selic em 15% ao ano

     

    BCB enviou carta aberta em julho

     

    A taxa de juros brasileira segue em patamar restritivo buscando conter as pressões inflacionárias, pois a leitura de junho do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostrou que o país rompeu o teto do novo modelo de metas de inflação contínuas. Ao subir 0,24% em junho, a inflação acumulada em 12 meses atingiu 5,35%, acima do centro da meta de 3% e também do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

     

    Como o Brasil adota a sistemática de metas para a inflação como diretriz para fixação do regime de política monetária e estabeleceu como critério a meta de inflação contínua, considerando eventual descumprimento por seis meses consecutivos, o BCB divulgou no início de julho uma Carta Aberta ao Ministro da Fazenda Fernando Haddad, Presidente do Conselho Monetário Nacional (CMN), detalhando os motivos pelos quais não atingiu o patamar previsto. Entre eles, a autarquia mencionou o aquecimento da atividade econômica, expectativas de inflação desancoradas, inércia inflacionária e depreciação cambial.

     

    No último Boletim Focus divulgado pelo BCB, economistas de mercado projetam que a inflação termine o ano de 2025 em 5,09%, com a taxa de juros Selic em 15%. Ainda que as estimativas venham sendo reduzidas, o patamar ainda está superior ao indicado pelo CMN. Para 2026, no entanto, os economistas projetam inflação de 4,44%, acima do centro da meta, mas dentro da banda de tolerância.

     

     

     

     


    mais notícias semelhantes
    O Clube FII preza pela qualidade do conteúdo e verifica as informações publicadas, ressaltando que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.