Conheça os cinco Fundos Imobiliários com maior peso no IFIX
B3 divulga primeira prévia de carteira teórica do Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários para período de maio a agosto com destaque para recebíveis imobiliários

A bolsa brasileira, B3, divulgou nesta segunda-feira (4) a primeira prévia da carteira teórica do IFIX – Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários para o quadrimestre de maio a agosto de 2022.
A carteira é composta por pouco mais de 100 Fundos Imobiliários e, entre os cinco de maior peso nesta prévia, prevalece o segmento de recebíveis imobiliários.

O maior peso ficou com o fundo Kinea Índice de Preços (KNIP11), com 6,828% do total.
No entanto, entre os cinco FIIs com maior peso no IFIX, está o CSHG Logística (HGLG11), que ocupou o quarto lugar com 3,283%, além do Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) que é um FII híbrido composto por prédios corporativos e galpões logísticos no portfólio.
Veja a lista dos cinco fundos de maior participação no IFIX da B3:
Código | Fundo Imobiliário | Peso no IFIX | Segmento |
KNIP11
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Kinea Índice de Preços | 6,828% | Recebíveis Imobiliários |
KNCR11
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Kinea Rendimentos Imobiliários | 3,711% | Recebíveis Imobiliários |
IRDM11
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Iridium Recebíveis Imobiliários | 3,414% | Recebíveis Imobiliários |
HGLG11
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CSHG Logística | 3,283% | Logística |
KNRI11
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Kinea Renda Imobiliária | 3,140% | Híbrido |
Segundo Arthur Vieira de Moraes, professor de finanças, consultor e apresentador de programa sobre FIIs, o IFIX tem como metodologia liquidez e valor de mercado. Desta forma, entram para o índice os fundos mais líquidos e, depois, recebem mais peso aqueles que têm maior valor de mercado.
O valor de mercado é compreendido como a quantidade de cotas multiplicada pela cotação do Fundo Imobiliário.
"Como os fundos de papel se beneficiaram do cenário de inflação e juros altos, eles caíram bem menos do que os de tijolo. Então, eles estão com valor de mercado maior. É isso que está refletido na nova composição do IFIX", explica Moraes.
Na avaliação de Nathan Octavio, especialista em Fundos Imobiliários, os fundos de recebíveis saem 41% do IFIX para quase 44%. Dos 56 fundos que tiveram aumento de participação na carteira teórica do índice, 31 são fundos de CRI.
"É bem possível que, entre o fim de 2022 e começo de 2023, nós vejamos os fundos de CRI ocupando metade do IFIX", projeta.
Octavio lembra que os fundos da Kinea estão na liderança do IFIX há vários anos e não tem nada que mostre, no momento, uma tendência de mudança.
"Ao contrário: a Kinea segue se destacando dos demais FIIs. Se, na carteira anterior, os fundos geridos por ela ocupavam 15,9% da carteira teórica do índice, agora são 16,9%", conclui.