Os Fundos de Fundos, ou seja, os Fundos Imobiliários com carteiras formadas por cotas de outros FIIs, vêm tendo um longo período de perdas e, consequentemente, de insatisfação por parte de muitos investidores.

A polêmica foi levada a uma entrevista com Artur Losnak, analista do TC, conduzida por Rodrigo Cardoso de Castro, fundador e CEO do Clube FII. A conversa foi durante o Fórum GRI 2022 realizado em São Paulo. 

“O grande desafio em relação aos FoFs é que eles venderam o peixe em 2019 de que todo mês teria oferta, todo mês teria um ganho de capital relevante e a distribuição de um dividendo muito gordo para o cotista, mas a gente viu o IFIX cair de 10% a 11% em 2020 e, em 2021, ter a mesma baixa”.

Losnak ainda lembra que, na falta de bons dividendos, os investidores começaram a penalizar os FoFs. No entanto, a criatividade do mercado FII busca superar dificuldades em relação ao retorno do portfólio aos investidores.

“Na minha percepção, o mercado evoluiu com os fundos de multiestratégia – também chamados de hedge funds – e você pode investir em outras classes de ativos como o CRI (Certificados de Recebíveis Imobiliários), além de ações, e o fundo não fica preso ao IFIX (índice da B3 para FIIs)”.

Na opinião do analista, FoFs com estes novos perfis têm mais liberdade e, consequentemente, menos desculpas para não ganhar dinheiro.

“Foi um feedback que a indústria recebeu dos investidores e ela está fazendo esta mudança. Acho que vai ser uma coisa bastante positiva para os FoFs”.

Este bate-papo entre Artur Losnak e Rodrigo Cardoso de Castro, além de outros vídeos com profissionais de destaque no mercado de Fundos Imobiliários, estão no canal do Clube FII no Youtube.