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    Mercado Imobiliário

    Paulista em destaque entre regiões prime no mercado A+ e A

    Região tem menor vacância entre CBDs paulistanos e está entre as que mais entregaram estoque

    Por ClubeFII
    quarta-feira, 3 de dezembro de 2025 Atualizado ontem

    A Avenida Paulista, que já foi o principal polo corporativo de São Paulo, sede das maiores instituições financeiras do país e símbolo da economia paulista, parecia ter perdido terreno com a migração de grandes operações para novos e modernos eixos, como Faria Lima e Chucri Zaidan. Mas a percepção de queda de relevância não se confirma nos números.

     

    Paulista em destaque entre regiões prime no mercado A+ e A
    Jaqueline Rodrigues, gerente de portfólio e Alexandre Rodrigues, sócio e gestor de fundos imobiliários, ambos da Rio Bravo Investimentos


    Dados da plataforma Market Analytics, da SiiLA, revelam que a Paulista vem se destacando entre os principais CBDs paulistanos no mercado de alto padrão (A+ e A). A região registra hoje a menor taxa de vacância entre todas as áreas prime da cidade: apenas 2,19%.


    Virada histórica da vacância e valorização

     

     

    A performance impressiona ainda mais quando comparada ao histórico recente. No quarto trimestre de 2022, a vacância da Paulista era de 23,21%, uma das maiores entre os polos corporativos. Desde então, a região experimenta uma queda contínua nessa taxa, acompanhada de valorização.


    No mesmo período, o valor de mercado subiu de R$ 115,48/m² para R$ 122,91/m², reforçando o aquecimento da demanda. A absorção líquida também confirma o movimento: em apenas três trimestres, 2025 já é o melhor ano da década para a Paulista, com 30 mil m² absorvidos, superando inclusive o melhor desempenho pré-pandemia. Para o mercado, a conclusão é clara: o polo não só se recuperou, como voltou a se expandir.

     

     

    Novo estoque e expansão recente


    A força do eixo também aparece nas entregas recentes. Nos últimos sete anos, a Paulista foi um dos cinco territórios que mais adicionaram novo estoque corporativo em São Paulo, com aproximadamente 75,2 mil m² incorporados.

     

     

    Por que a Paulista segue relevante?

     

    Apesar da migração para outras regiões, a atratividade da Paulista nunca deixou de existir por conta da localização, oferta de serviços e qualidade dos edifícios como reforça Jaqueline Rodrigues, gerente de portfólio da Rio Bravo Investimentos: "A Rio Bravo sempre acreditou na região: 37% do portfólio do Renda Corporativa está lá. Temos ativos como Bravo Paulista, Parque Cultural Paulista e Parque Santos. Mesmo na pandemia, quando o Bravo Paulista foi entregue e chegou a quase 30% de vacância, levou menos de 12 meses para ficar 100% ocupado. A Paulista já estava absorvendo demanda mesmo em momentos difíceis."


    A diversidade do ecossistema local é outro ponto decisivo, segundo Alexandre Rodrigues, sócio e gestor de fundos imobiliários da mesma empresa: "A Paulista é talvez a única região de São Paulo com um ecossistema imobiliário realmente completo: residencial, corporativo, museus, hospitais, shoppings, lojas de rua. Funciona 7 dias por semana. Aos domingos, vira uma vitrine a céu aberto com milhares de pessoas. Esse fluxo favorece o varejo e fortalece todo o ambiente corporativo e comercial."


    Retrofit: a estratégia que redefine o mercado


    Com pouca área disponível para novas construções, o retrofit se tornou o caminho natural de reposicionamento dos edifícios antigos e uma oportunidade de criação de valor.
    "No corporativo, o retrofit é praticamente a única saída, porque a região tem pouca disponibilidade para novas construções. O case do Bravo Paulista é emblemático: ele e o Scarpa eram prédios gêmeos. Nós retrofitamos o Bravo 100%: fachada, elevadores, acessos, catracas, sistemas. Hoje ele pratica valores muito superiores ao 'irmão' que não passou por retrofit."


    A estratégia de entregar espaços plug and play também acelerou a ocupação: "O plug and play também foi decisivo no Bravo Paulista: 90% das locações só foram possíveis por essa estratégia, permitindo que empresas entrassem sem Capex, o que acelerou a ocupação e elevou o valor de locação".


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