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    Mercado Imobiliário

    Empresas estão trocando torres por edifícios-boutique?

    Tendência ganha força em São Paulo à medida que companhias priorizam personalização, eficiência e controle total do espaço

    Por ClubeFII
    terça-feira, 18 de novembro de 2025 Atualizado ontem

    O que são edifícios-boutiques? São pequenos empreendimentos projetados para abrigar poucos inquilinos ou até mesmo apenas um. Eles permitem alto nível de personalização e buscam reunir, em um espaço reduzido, as características de um ativo A+. A proposta é funcionar como um ambiente moldável à identidade da empresa, quase uma sede sob medida, uma espécie enxuta de built-to-suit. Sua principal vantagem é a flexibilidade: reformas rápidas, pouca burocracia e total adaptação do ativo às necessidades, estética e posicionamento da marca do locatário.

     

    Empresas estão trocando torres por edifícios-boutique?
    Vice-presidente da RBR Asset Management, Ana Carolina Azem


    Operações em espaços menores, com menos inquilinos, tornam os custos mais previsíveis e a gestão de manutenção e segurança mais eficiente. Além disso, a localização estratégica, geralmente em ruas secundárias de grandes eixos, garante o prestígio de um endereço nobre sem o congestionamento e o custo das áreas premium, favorecendo a saúde financeira da companhia e a qualidade de vida dos funcionários. Ainda assim, em um mercado tradicionalista e de mudanças lentas, fica a dúvida: serão os ativos boutiques uma ameaça aos A+?


    "Os planos de expansão das empresas nem sempre são claros"

     

    Na linha de frente dessa mudança está a RBR Asset Management, empresa que desenvolve tai empreendimentos. A vice-presidente da companhia, Ana Carolina Azem, comenta que as empresas estão tendo dificuldades em estabelecer um número ideal de postos de trabalho frente a retomada do modelo presencial, e, portanto, a flexibilidade tanto no contrato de locaçã quanto no formato e divisão das lajes é essencial para os clientes atualmente.


    "O conceito do prédio boutique é ter todas as características dos edifícios A+, porém numa escala menor e mais exclusiva, dando aos locatários o privilégio de ocupar um prédio com design diferenciado para ter sua sede corporativa".


    Seguindo esse raciocínio a executiva cita os fatores que aumentam a atratividade dos escritórios hoje em dia: "Os escritórios tornaram-se mais atraentes quando possuem áreas abertas, como varandas, espaços flexíveis para eventos como rooftops, além de novas tecnologias e amenidades no térreo."


    A exclusividade, poucos vizinhos e uma arquitetura diferenciada unidas a localizações-chave tornam os boutiques um grande competidor no mercado, com uma gestão condominial mais humana e personalizada.


    "O futuro do trabalho é sobre personalização e propósito"

     

    Juliana Jordão, Head de People na Tako


    Em entrevista ao REsource, Juliana Jordão, Head de People na Tako, que recentemente assinou um contrato de locação pelo JHA Corporate Boutique, imóvel da RBR Asset Management, comentou os motivos por trás da escolha de um prédio boutique:


    "A decisão foi muito menos sobre o tamanho e muito mais sobre o propósito. A gente buscava um espaço que refletisse o jeito da Tako de operar próximo, ágil e com identidade própria. Prédios boutique permitem uma relação mais direta com o espaço e com as pessoas que o compartilham. Em vez de um andar em meio a dezenas de empresas, queríamos um ambiente que traduzisse a nossa cultura: feita sob medida, sem ruído, com foco total em produtividade e bem-estar."


    Jordão ainda afirma que o impacto na equipe por estar em um empreendimento exclusivo e personalizado é evidente:


    "O impacto é real. Um prédio mais exclusivo reforça o senso de pertencimento e identidade coletiva, fazendo o time sentir que está em um lugar que traduz o jeito único da Tako. Para o público externo, isso fortalece a imagem de uma marca inovadora e exigente, tanto no produto quanto no ambiente de trabalho."


    Finalizando seu depoimento ela também ressalta o que a mudança demonstra sobre o momento da empresa:


    "Representa a consolidação de uma fase. A Tako nasceu digital, mas com um time cada vez maior e clientes de diferentes portes, faz sentido ter um espaço físico que traduza nossa presença e nosso propósito. O escritório não é um símbolo de crescimento tradicional, e sim uma infraestrutura que sustenta o próximo passo da empresa: a expansão do nosso modelo de inteligência aplicada à operação de pessoas."

     


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