Vacância de condomínios logísticos de alto padrão no Brasil cai para 7,7%, aponta pesquisa da JLL
Mercado registra melhor absorção líquida para um trimestre nos últimos três anos; preço médio de aluguel continua em alta
O mercado de galpões logísticos de alto padrão registrou queda na vacância no segundo trimestre deste ano, de acordo com pesquisa da JLL. Com retração de 0,2 ponto percentual frente ao trimestre anterior e de 1,5 ponto percentual em relação ao ano anterior, o indicador caiu para 7,7%.
Segundo o documento, a diminuição na taxa de vacância ocorre devido ao alto nível de absorção líquida no período, de 851 mil m², o melhor desempenho dos últimos três anos, mesmo com a maior entrega de novo estoque dos últimos 10 trimestres. Em 2025, a absorção líquida soma 1,3 milhão de m². Enquanto isso, o preço médio pedido no país atingiu R$ 30,30, um incremento sequencial de 4,1% e uma variação anual positiva de 16%.
O estoque entregue de condomínios logísticos de alto padrão somou 887 mil m² no segundo trimestre, atingindo 1,2 milhão de m² no acumulado deste ano. O estoque total, desta forma, é de 35,7 milhões de m², e a expectativa para os próximos trimestres é de 2,7 milhões de m², considerando um cenário de 100% da entrega projetada.
São Paulo é destaque em novo estoque
O estado de São Paulo (SP) foi o principal destaque no trimestre, responsável por 56% da absorção bruta e 53% da absorção líquida do país, principalmente por companhias dos setores de Varejo e E-commerce.
A absorção bruta atingiu 665 mil m² no trimestre e absorção líquida 453 mil m². No acumulado do ano, os valores são de 1 milhão e 537 mil m², respectivamente. O preço pedido apresentou crescimento de 2,1% no trimestre e de 17% em um ano, chegando a R$32,4.
“SP entregou um novo estoque superior à soma dos últimos quatro trimestres. O bom desempenho da absorção líquida se deveu à grande quantidade de novos negócios e ao baixo volume de devoluções”, explica André Romano, gerente da divisão Industrial e Logística da JLL.
No entanto, após cinco trimestres em queda, a taxa de vacância subiu novamente, diante do alto volume entregue, com um represamento do trimestre anterior. A taxa de vacância em SP foi de 8,7%, um aumento trimestral de 0,4 ponto percentual. Na comparação anual, no entanto, o indicador registra queda de 1,2 p.p.. O estoque total no estado atingiu 18,2 milhões de m², com projeção para os próximos trimestres de 888 mil m³. O estudo contabilizou um estoque entregue no trimestre de 651 mil m², chegando a 687 mil m² em 2025.