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    RELG11 anuncia interrupção de pagamentos mensais de dividendos a cotistas

    Fundo Imobiliário REC Logística alegou ter adotado medida para cumprir obrigações. Gestor se manifesta nas redes sociais para detalhar o caso relacionado à aquisição na Bahia

    Por Luciene Miranda
    quarta-feira, 5 de abril de 2023 Atualizado

    O Fundo Imobiliário REC Logística (RELG11) informou por meio de comunicado nesta terça-feira (4) que não fará distribuição mensal de dividendos aos cotistas a partir do resultado caixa de março deste ano.

     

    De acordo com a BRL Trust, administradora do RELG11, o motivo para a adoção da medida é viabilizar o cumprimento das obrigações financeiras do fundo.

     

    RELG11 anuncia interrupção de pagamentos mensais de dividendos a cotistas

     

    Ainda de acordo com o comunicado, o resultado caixa acumulado não distribuído será incorporado ao valor patrimonial, podendo ainda ser distribuído tão logo ocorra um ou mais eventos de liquidez para a quitação das obrigações do RELG11.

     

    “Essa medida tem por objetivo proteger a saúde financeira e o interesse dos cotistas do fundo”, informou a administradora.

     

    A BRL Trust também ressaltou que, junto com a equipe da REC Gestão de Recursos, continua a trabalhar para a venda de ativos do portfólio do fundo.

     

    Atualmente, o RELG11 tem 7.558 cotistas.

     

    O valor patrimonial do fundo – referente aos ativos do portfólio – é de R$ 162,4 milhões. Já o valor de mercado – relativo às cotas negociadas na B3 – é de R$ 84,9 milhões.

     

    A última distribuição realizada pelo fundo foi paga em 14 de março no valor de R$ 0,70 por cota, referente aos rendimentos de fevereiro e equivalente a um dividend yield de 0,99%.

     

     

     

    Explicações ao mercado via rede social 

     

     

    Moise Politi, gestor do RELG11, deu esclarecimentos sobre a medida por meio de uma rede social.

     

    “Não é uma coisa confortável, mas em termos de preservação de patrimônio, é uma coisa positiva na nossa visão”.

     

    Politi explicou que, quando o fundo realizou a aquisição de imóveis, um deles foi adquirido com compra a prazo diante da expectativa de que, no futuro, seriam feitas novas emissões de cotas para viabilizar o pagamento da compra.

     

    Ao Clube FII News, o gestor confirmou que o imóvel é TERCAM Camaçari, na Bahia, descrito no relatório gerencial do RELG11 como REC Log Camaçari. O imóvel tem 49.441 metros quadrados de área bruta locável (ABL), 82% de ocupação e custou ao fundo R$ 65,1 milhões.

     

    No momento, o REC Log Camaçari está alugado para as empresas V-Log, Decminas, Transparaná e IBL com contratos típicos que vencem entre 2023 (três deles) e 2024.

     

    “Quando se acha uma boa oportunidade para investir em determinado imóvel, mas o fundo não tem caixa suficiente, assim como a pessoa física, pode comprar para pagamento a prazo”, afirmou o gestor durante a live.

     

    Politi ressaltou que a medida não se trata de uma perda para o investidor porque o dinheiro retido é para o pagamento das obrigações com o vendedor do imóvel.

     

    “Os R$ 0,70 por cota ficam retidos no fundo. Eles não desaparecem. Não evaporam. A única coisa que acontece é que este dinheiro não estará no bolso do investidor. Estará dentro do fundo”.


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