O Fundo de Investimento Imobiliário XP Log (XPLG11) anunciou ter recebido parte da locação de um imóvel no estado do Rio de Janeiro, por parte da Americanas. É o segundo fundo a anunciar esta semana não ter recebido integralmente, da rede de lojas de departamentos, pela locação de espaço.

Esta semana, o fundo VBI Logístico (LVBI11) informou que não recebeu integralmente o pagamento de aluguel por parte da Americanas. O imóvel em questão é o galpão Aratulog, localizado em Salvador (BA). O pagamento que realizado apenas parcialmente é referente a janeiro de 2023.

Segundo a XP Log, foram pagos R$ 509.906,33, sendo que ainda falta o pagamento de R$ 807.351,69. Os valores se referem ao exercício de janeiro, com vencimento em fevereiro de 2023, sendo que a parcela paga equivale a 12 dias.

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O imóvel em questão é o Condomínio Golgi Seropédica, localizado na cidade de Seropédica (RJ). o local possui especificações técnicas de “elevado padrão”, segundo o fundo, e está com valor de locação “dentro dos parâmetros praticados pelo mercado da região”, além de possuir “plenas condições para uma reinserção no mercado”, bem como para uma eventual absorção por terceiros.

A VÓRTX e a XP Vista Asset, respectivamente administradora e gestora do fundo, informaram que adotarão as medidas cabíveis para a cobrança dos valores restantes.

O fundo destaca que uma eventual saída da Americanas do imóvel não acarretaria em grande impacto e que será mantida a previsão de R$ 0,74 por cota distribuída para este semestre. Os valores manteriam as previsões anteriores graças a ocorrências como a ocupação integral do WT Technology Park II, situado em Barueri (SP). Há, ainda, a potencial locação das áreas vagas, sobretudo do Especulativo Extrema e do Especulativo Cajamar, em Extrema (MG) e Cajamar (SP), respectivamente.

Americanas

A situação ganhou contornos preocupantes quando, no último dia 10 de janeiro, foi divulgada uma fraude contábil na varejista inicialmente avaliada em R$ 20 bilhões – posteriormente oficializada em R$ 40 bilhões. O caso veio à tona por meio de Fato Relevante, seguido da renúncia do CEO e do diretor financeiro da empresa.

A agência de classificação de risco S&P Global rebaixou a nota de crédito da Americanas por duas vezes em apenas quatro dias, passando de BB (na escala global) para B e, em seguida, para D de default, que representa a incapacidade da empresa de pagar e honrar compromissos com credores e contratos.

Na escala nacional, a agência também rebaixou a varejista de brA- para D.

No dia 19 de janeiro, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial proposto pela Americanas. Desta forma, os débitos contraídos até esta data ficam suspensos.