BTLG11 vende dois imóveis no RJ e MG por R$ 105 milhões
O Fundo Imobiliário BTG Pactual Logística assinou compromisso de venda com comprador de nome não informado para recebimento do total em três parcelas

O Fundo Imobiliário BTG Pactual Logística (BTLG11) assinou compromisso de venda de dois imóveis localizados nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais por um total de R$105,1 milhões.
Os ativos são o BTLG Dutra RJ (Supermarket) que está na Estrada Rio D'Ouro nº 800, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), e o BTLG Ambev Santa Luzia na Avenida Beira-Rio, 5.777, Distrito Industrial Deputado Simão Da Cunha, em Santa Luzia (MG).

O nome do comprador não foi informado. Ele se comprometeu a pagar os imóveis em três parcelas.
A parcela inicial já foi paga no valor de R$ 25,7 milhões. Já a parcela intermediária deverá ser quitada em até quatro meses no total de R$ 11,6 milhões. A parcela final tem previsão de ser paga em até 18 meses no valor de R$ 67,8 milhões.
Segundo comunicado do BTG Pactual, administrador e gestor do fundo, as parcelas intermediária e final serão corrigidas pelo IPCA + 7% ao ano.
Durante o período entre o pagamento da parcela inicial e a conclusão dos pagamentos, o BTLG11 continuará fazendo jus ao recebimento do equivalente a 41,5% das receitas de locação combinadas dos dois imóveis.
Ainda de acordo com o BTG Pactual, o lucro estimado com a venda será de até R$ 0,92 por cota, conforme as parcelas forem pagas.
Segundo o sócio-diretor do Clube FII, Danilo Barbosa, que responde pela área de research - análise - da plataforma, no caso do imóvel Dutra (supermarket), é a segunda venda realizada do mesmo ativo.
"Ocorre porque o imóvel retornou ao portfólio do BTLG11 em março de 2022, após recompra do antigo fundo da Mogno, o MGLG11, que não conseguiu honrar com a compra do ativo e o devolveu ao antigo dono".
Barbosa ressalta que a transação foi o principal motivo da queda observada no valor patrimonial do MGLG11, motivo pelo qual o fundo devolveu o ativo.
"No entanto, a redução no passivo não foi proporcional devido à multa existente naquela época. Essa nova venda do imóvel Dutra demonstra a boa liquidez desse ativo, mesmo em uma localização secundária, considerando que possui um contrato típico com vencimento em 2028".
Em relação ao imóvel Ambev Santa Luzia, Barbosa lembra que foi incorporado do VVPR11 no ano passado e a venda foi concluída nove meses após a operação.
"Essa transação também destaca a boa liquidez, além de ter sido realizada em um excelente timing. Isso ocorre porque o contrato desse ativo venceria em 2025 e já estava muito acima do mercado, com um valor de locação acima dos R$ 30 por metro quadrado. Portanto, em 2025, poderia haver uma redução no novo valor de locação".