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    Americanas paga apenas aluguel parcial a fundo VBI Logístico

    Fundo LVBI11 possui 70% de imóvel localizado em Salvador e locado à rede de loja de departamentos

    Por ClubeFII
    quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023 Atualizado

    O Fundo de Investimento Imobiliário VBI Logístico (LVBI11) informou que não recebeu integralmente o pagamento de aluguel por parte da Americanas. O imóvel em questão é o galpão Aratulog, localizado em Salvador (BA).

    Americanas paga apenas aluguel parcial a fundo VBI Logístico
    Condomínio logístico Aratulog Armazenagem com dois galpões em Salvador, Bahia, tem 60% da área ocupados pela Americanas (Foto - Divulgação - VBI)

    Segundo o fundo, o pagamento que realizado apenas parcialmente é referente a janeiro de 2023. No dia 25 de janeiro, o fundo comunicou que vem acompanhando, por meio de suas administradora e gestora, os desdobramentos do caso de Recuperação Judicial da Americanas S.A.

    O valor integral do aluguel representa aproximadamente R$ 0,07 (sete centavos) por cota do fundo, sendo que o montante pago até a data de vencimento corresponde a aproximadamente R$ 0,03/cota.

    LEIA MAIS: Americanas tem direito de não pagar aluguem em recuperação judicial?

     

    O caso

    O imóvel Aratulog é uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) e, por isso, é um investimento fragmentado. O fundo LVBI11 tem participação de 70% no empreendimento.

    Esta participação foi comprada em junho de 2021 pelo fundo e a Americanas já era locatária no imóvel com um contrato atípico – com condições acordadas entre as partes – que prevê 10 anos de ocupação.

    A modalidade do contrato é BTS (Built to Suit), quando o imóvel é construído sob medida para o locatário. Em caso de aviso de rescisão antecipada de contrato, a multa prevista para a varejista é de 80% do saldo remanescente que, segundo o gestor, seria hoje perto de R$ 90 milhões.

    A situação ganhou contornos preocupantes quando, no último dia 10 de janeiro, foi divulgada uma fraude contábil na varejista inicialmente avaliada em R$ 20 bilhões – posteriormente oficializada em R$ 40 bilhões. O caso veio à tona por meio de Fato Relevante, seguido da renúncia do CEO e do diretor financeiro da empresa.

    A agência de classificação de risco S&P Global rebaixou a nota de crédito da Americanas por duas vezes em apenas quatro dias, passando de BB (na escala global) para B e, em seguida, para D de default, que representa a incapacidade da empresa de pagar e honrar compromissos com credores e contratos.

    Na escala nacional, a agência também rebaixou a varejista de brA- para D.

    No dia 19 de janeiro, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial proposto pela Americanas. Desta forma, os débitos contraídos até esta data ficam suspensos. 

     


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