O IFIX, principal índice do mercado de fundos imobiliários, encerrou a sexta-feira aos 2.809,46 pontos, numa desvalorização de 0,61% em relação à semana passada. Até o momento, o ano de 2023 ainda não entregou nenhum resultado positivo ao índice: todas as quatro semanas foram com perdas, com mais de 2% de queda acumulada.

O segmento que mais contribuiu para o resultado negativo da semana é o de fundos de recebíveis, também chamados de “fundos de papel”. Parte disso se deve à sua relevância na composição do IFIX: dos 111 fundos da carteira teórica do índice, 42 pertencem ao segmento, representando um peso mais de 30%. Como 15 desses FIIs caíram mais de 1% na semana, o segmento foi responsável por quase metade da queda do índice.

Entre os fundos que mais se valorizaram, destaque para o Kinea Fundo de Fundos (KFOF11), com alta de 2,70%, ao R$ 76,91. Após as quedas das últimas semanas, o fundo estava negociando a múltiplos atrativos, o que aumentou o interesse do mercado. Mesmo na cotação atual, o fundo está operando com 15% de desconto em relação ao seu valor contábil e com um dividend-yield de 0,94%.

Por outro lado, o FII Tordesilhas EI (TORD11) caiu quase 10% na semana, liderando com folga as maiores desvalorizações do IFIX. Cotado a R$ 6,01, o fundo alcançou o seu menor preço de negociação desde que iniciou suas negociações em bolsa, há quase 3 anos. A última distribuição de rendimentos do fundo foi de R$ 0,40/cota, exatamente a metade do mês anterior. Além disso, o último relatório gerencial aponta dificuldade na comercialização nos empreendimentos em que o fundo investe.