O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,33% em julho, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 25. O indicador foi superior em 0,07 ponto percentual (p.p.) ao registrado em junho, de 0,26%, acumulando uma variação positiva de 3,40% no ano e de 5,30% nos últimos 12 meses.

Segundo o instituto, o grupo habitação apresentou a maior alta, com 0,98%. A pressão ocorreu devido à energia elétrica residencial, que variou 3,01% e representou o impacto individual mais elevado do índice, diante da bandeira tarifária vermelha patamar 1.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco apresentaram variação positiva, com acréscimos ainda em Transportes (0,67%), Despesas pessoais (0,25%), Saúde e cuidados pessoais (0,21%), Comunicação (0,11%) e estabilidade em Educação (0,00%).

Por outro lado, os grupos Alimentação e bebidas, Artigos de residência e Vestuário apresentaram deflação, com baixas de -0,06%, -0,02% e -0,10%, respectivamente.

“A despeito do número ligeiramente maior (era esperado por alguns temas difíceis de mensurar), o fator mais importante foi a desaceleração de todas as aberturas na margem”, ressaltou Carlos Thadeu, economista de inflação e commodities da BGC Liquidez.

Após a leitura, o Picpay reforçou estimativa para a inflação em 2025 em 5,1%. “Embora o balanço de riscos tenha melhorado ligeiramente, seguimos avaliando uma assimetria altista”, destaca a economista-chefe Ariane Benedito. A especialista menciona, entre os pontos de pressão, a desancoragem das expectativas de inflação, a persistência da inflação de serviços e o risco fiscal.