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    IPCA registra deflação de 0,11% em agosto, aponta IBGE

    Inflação oficial do país acumula variação positiva de 3,15% no ano e de 5,13% nos últimos 12 meses

    Por Jessica Melo
    quarta-feira, 10 de setembro de 2025 Atualizado 2 dias atrás

    O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma deflação de 0,11% no mês de agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 10 de setembro. Em julho, o indicador oficial de inflação do país havia subido 0,26%. Com esta leitura, o IPCA acumula variação positiva de 3,15% no ano e de 5,13% nos últimos 12 meses.

     

    O instituto apontou baixas em cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: Habitação (-0,90%), Alimentação e bebidas (-0,46%), Transportes (-0,27%), Artigos de Residência (-0,09%) e Comunicação (-0,09%), sendo os três primeiros os que apresentam maior peso no índice. Entre os grupos pesquisados que apresentaram alta nos preços, estão: Educação (0,75%), Vestuário (0,72%) Saúde e cuidados pessoais (0,54%) e Despesas pessoais (0,40%).

     

    A deflação em Habitação foi a maior desde o Plano Real, puxada pela queda em energia elétrica residencial (-4,21%). Mesmo com a bandeira tarifária vermelha, o subgrupo contou com variação negativa dos preços diante do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto.

     

    Enquanto isso, o grupo de maior peso no índice, Alimentação e Bebidas, teve deflação puxada pela diminuição nos preços da alimentação no domicílio (-0,83%). Alimentos como tomate (-13,39%), batata-inglesa (-8,59%) e cebola (-8,69%) estiveram entre os destaques. A alimentação fora do domicílio, por outro lado, apresentou desaceleração mensal, mas teve variação positiva (0,50%).

     

    Em Transportes (-0,27%), a retração nos preços das passagens aéreas (-2,44%) e nos combustíveis (-0,89%) trouxeram os dados para baixo, com quedas no gás veicular (-1,27%), na gasolina (-0,94%) e no etanol (-0,82%). O óleo diesel, no entanto, registrou elevação no mês (0,16%).

     

    IPCA registra deflação de 0,11% em agosto, aponta IBGE

     

    Inflação acima da meta

     

    O indicador oficial de inflação segue acima do teto de tolerância de 1,5 ponto percentual do centro da meta de inflação de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), lembra Leandro Manzoni, analista de economia e editor-chefe do Investing.com Brasil.

     

    “A primeira leitura sobre o número indica permanência no ritmo lento da convergência das expectativas de inflação para 2027, que é o período observado pelo Banco Central para a decisão da taxa de juros, para o centro da meta de 3% - atualmente em 3,93%, de acordo com o Boletim Focus divulgado na última segunda-feira”, detalha Manzoni. Para 2025, economistas consultados pela autarquia estimam uma inflação de 4,85% e, para 2026, de 4,30%.

     

    “No geral, ainda que tenhamos observado forte surpresa no headline, a composição dos núcleos segue benigna e avaliamos preliminarmente que a projeção anual não deve se afastar muito dos atuais 4,7%”, completa Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos.

     

    O balanço de riscos inflacionários segue equilibrado, mas mais incerto, diante da guerra tarifária, na visão de Igor Cadilhac, economista do PicPay. “O câmbio permanece relativamente estável, e as expectativas de inflação vêm apresentando melhora consistente, inclusive no longo prazo. Apesar disso, o quadro ainda é significativamente pressionado”, destaca Cadilhac, citando preocupações com a desancoragem das expectativas, a manutenção de um hiato do produto positivo e o risco de depreciação do real diante de riscos fiscal e geopolíticos.


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