IGP-M recua para 0,21% em julho
Indicador considerado a inflação do aluguel teve recuo na comparação com junho quando apontou alta de 0,59%. Queda nos preços de commodities pesou na desaceleração
O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel porque corrige a maioria dos contratos de locação no país, teve alta de 0,21% em julho, demostrando um recuo na comparação com junho quando registrou avanço de 0,59%, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com este resultado, o indicador acumula alta de 8,39% no ano e de 10,08% em 12 meses.
Em julho de 2021, IGP-M havia subido 0,78% e acumulava alta de 33,83% em 12 meses.
De acordo com o coordenador de índices de preços da FGV, André Braz, o recuo do índice é consequência da queda nos preços de commodities importantes. Commodities são mercadorias com cotação internacional, em geral, estabelecidas na negociações em bolsas de valores.
“Segundo o índice ao produtor, ocorreram recuos importantes nos preços do minério de ferro (de -0,32% para -11,98%), do milho (de -1,21% para -5,00%) e da soja (de -0,80% para -2,05%)”.
Ainda de acordo com Braz, em relação ao consumidor, a redução do ICMS da energia elétrica (de -0,34% para -3,11%) e da gasolina (de -0,19% para -7,26%) influenciaram com destaque no resultado do IPC – Índice de Preços ao Consumidor - que registrou queda de 0,28%.
“Se não fosse a redução do ICMS, o IPC não teria registrado taxa negativa”.
O IGP-M é composto por outros três indicadores: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC).
O INCC também apresentou recuo na comparação com o mês passado. O indicador subiu 1,16% em julho ante 2,81% em junho.
Três grupos do INCC tiveram destaque nas variações entre junho e julho: Materiais e Equipamentos (1,58% para 0,62%), Serviços (0,50% para 0,49%) e Mão de Obra (4,37% para 1,76%).