FIIs de tijolo, papel ou híbrido? Entenda as diferenças
Lana Santos, analista do Clube FII, explica as características, riscos e vantagens dos principais tipos de FIIs
Compreender as diferenças entre os tipos de fundos imobiliários (FIIs) é um passo fundamental para construir uma carteira de investimentos alinhada aos seus objetivos. Em análise para o Clube FII, a especialista da equipe de Research, Lana Santos, detalhou as características, vantagens e riscos dos FIIs de tijolo, papel e híbridos, os três principais segmentos do mercado. Você pode assistir ao vídeo completo disponível no canal do Clube FII no YouTube clicando aqui.
Os fundos de tijolo, os mais conhecidos, investem diretamente em imóveis físicos como shoppings, galpões logísticos e prédios comerciais. A principal fonte de receita vem dos aluguéis, o que, segundo Santos, garante uma renda geralmente estável e previsível, amparada por contratos de longo prazo. Além disso, há o potencial de valorização dos imóveis ao longo do tempo. No entanto, a especialista alerta para riscos como a vacância, quando um imóvel fica vago e para de gerar receita, e a desvalorização em cenários de crise econômica.
Em contrapartida, os fundos de papel não investem em propriedades físicas, mas em títulos de renda fixa ligados ao setor imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs). “É como se o fundo emprestasse dinheiro para o setor imobiliário e recebesse juros”, explica Santos. Esses FIIs se destacam por oferecerem proteção em cenários de alta de juros e inflação, já que seus rendimentos são atrelados a indicadores como CDI e IPCA. O principal risco, nesse caso, é o de crédito — a possibilidade de o devedor não pagar. Outro ponto de atenção é que, diferentemente do tijolo, o patrimônio não se valoriza com o tempo, tornando o reinvestimento dos rendimentos essencial.
Para investidores que buscam um equilíbrio, existem os fundos híbridos, que mesclam ativos de tijolo e de papel. Essa modalidade combina a segurança da renda de aluguéis com os rendimentos financeiros dos títulos, além de oferecer ao gestor maior flexibilidade para adaptar a carteira às condições do mercado. “Você mistura o rendimento financeiro dos juros com a possibilidade de valorização patrimonial do tijolo, o que pode equilibrar melhor a sua carteira no longo prazo”, pontua a analista.
A diversificação entre os diferentes tipos de FIIs é a melhor estratégia para mitigar riscos e otimizar os retornos. A escolha, no entanto, não deve ser aleatória, mas baseada em uma análise cuidadosa do cenário econômico e do perfil de cada investidor. O Clube FII oferece acesso a uma ferramenta completa onde você pode filtrar e comparar os fundos por segmento, acessando o Ranking de Fundos Imobiliários. A especialista lembra que o universo de fundos listados é vasto, incluindo também ETFs de FIIs, FI-Infras e Fiagros, todos com oportunidades distintas.