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    Entenda a diferença entre Fundos Imobiliários e Renda Fixa

    A partir de hoje, o Clube FII News trará toda segunda-feira explicações simples sobre os diferentes tipos de investimentos disponíveis no mercado junto com uma comparação aos Fundos Imobiliários

    Por Luciene Miranda
    segunda-feira, 25 de julho de 2022 Atualizado

     

    Toda segunda-feira, o Clube FII News trará uma explicação simples sobre diferentes tipos de investimentos disponíveis no mercado, além de uma comparação com os Fundos Imobiliários.

     

    Os especialistas do Clube FII darão todo o suporte para este aprendizado.

     

    Entenda a diferença entre Fundos Imobiliários e Renda Fixa

     

    Hoje e nas próximas semanas, vamos falar sobre as aplicações em Renda Fixa e Variável, bastante comentadas neste momento por conta da crise econômica no mundo e no país, além da alta da taxa básica de juros – por aqui, conhecida como taxa Selic.

     

    Com a taxa Selic a 13,25% ao ano – elevada pelo Banco Central na tentativa de conter o avanço da inflação – alguns produtos de Renda Fixa tornaram-se atraentes para uma parcela dos investidores.

     

    Em primeiro lugar é importante entender a diferença entre rendas fixa e variável. Para isso, faça um exercício de autoconhecimento.

     

    A renda que você recebe como remuneração pelo trabalho é sempre a mesma ou varia?

     

    Se você tem um salário fixo todo mês significa que possui uma renda fixa. É o caso de trabalhadores contratados pelo regime CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, funcionários públicos ou aposentados.

     

    Caso seja um profissional autônomo ou tenha uma empresa, por exemplo, e receba renda em diferentes quantias e períodos, isso quer dizer que a sua renda é variável.

     

    Nos investimentos, a renda fixa representa um empréstimo. É você emprestando o seu dinheiro em troca de um acréscimo, representado pela rentabilidade. Uma taxa de juros. O chamado ‘preço do dinheiro’.

     

    Um exemplo de investimento em renda fixa são os títulos do governo, como o Tesouro Direto. Você empresta dinheiro para o estado brasileiro. Ele passa a ter uma dívida contigo que será paga no futuro, em data pré-definida, e com o acréscimo de juros pré-determinados.

     

    Os investimentos de captação bancária, a exemplo do CDB - Certificados de Depósito Bancário, e do LCI - Letras do Crédito Imobiliário, também representam renda fixa.

     

    E os 'papéis' CRIs e CRAs de que tanto falamos no noticiário aqui no Clube FII News? Também são renda fixa! Eles são os Certificados de Recebíveis Imobiliários e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio. 

     

    Você também pode emprestar dinheiro para uma empresa. Junto com o capital de outros investidores, ela se financia para a ampliação da estrutura, produção ou a contratação de mais funcionários. Ela terá uma dívida com os investidores que se chama debênture. Este título também tem prazo e juros pré-determinados.

     

    Neste e em outros tipos de aplicações de renda fixa, os juros ou taxas pré-determinadas pode nos dar uma ideia de quanto temos para ganhar no final do investimento.

     

    Isso porque, se o investimento estiver ligado a apenas uma taxa - 10% ao ano por exemplo - ele é considerado prefixado.

     

    Mas se a aplicação estiver atrelada a um índice que muda ao longo do tempo, como a inflação ou o CDI – Certificado de Depósito Interbancário - é classificado como pós-fixado.

     

    Você sabe que vai ganhar a inflação do período no final do investimento, embora não seja possível prever como essa taxa vai ser. Principalmente, em um país de economia instável como o Brasil.

     

    Mesmo assim, tem a garantia de que receberá a taxa do IPCA, por exemplo, que é a inflação oficial do país. Por isso, o investimento ainda é considerado renda fixa.

     

    A renda variável é diferente. Os investimentos nesta modalidade representam uma sociedade. Estes tipos de aplicações são representados, principalmente, por ações e Fundos Imobiliários.

     

    Quem compra esses investimentos se torna sócio da empresa ou do fundo. A renda do investidor será uma parte do lucro de onde tiver dinheiro aplicado.

     

    A parte dos lucros se chama dividendos. Essa renda não é garantida e vai variar à medida em que o lucro aumentar ou diminuir.

     

    O ganho não é garantido ao investidor porque, de vez em quando, as empresas ou fundos podem ter prejuízo.

     

    Quem investe em renda variável se torna sócio de um negócio e não sabe o quanto vai ter de renda - ou se vai ter renda - mas também não tem limites para ganhar. Quanto maior o lucro, maior será a renda.

     

    Agora que você já sabe os princípios de renda fixa e variável, vamos falar sobre riscos.

     

    Na renda fixa, o lucro é conhecido, limitado e, por isso, os riscos são menores.

     

    Na renda variável, o lucro é incerto, ilimitado e os riscos maiores.

     

    De acordo com o professor de Finanças e sócio do Clube FII, Arthur Vieira de Moraes, existem outros tipos de investimentos que não pagam renda.

     

    É o caso de investimentos em moedas, como o dólar, e em derivativos, a exemplo dos contratos futuros. Outro exemplo muito popular de aplicação que não paga rendimento é o criptoativo, como o Bitcoin.

     

    Nesses investimentos, o retorno depende apenas da variação dos preços. Quem vender acima do preço que comprou, ganha dinheiro. E o contrário também pode acontecer.

     

    Moraes explica que não existe como saber antecipadamente o quanto você vai receber com um desses investimentos e, por isso, eles também podem ser considerados renda variável.

     

    “Renda fixa para conservar, renda variável para multiplicar. Todos temos algo a conservar e uma parte de nós tem tempo e condições de assumir algum risco visando multiplicar o patrimônio. Com esse equilíbrio em mente, todos devem ter algo em renda fixa e muitos podem ter uma parte dos seus investimentos em renda variável, o que inclui os FII”, conclui.


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