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    Como fica o mercado FII com as projeções do Banco Central

    Saiba qual o impacto nos Fundos Imobiliários nos diferentes segmentos se as estimativas de PIB e inflação do BC se concretizarem

    Por Luciene Miranda
    quinta-feira, 24 de março de 2022

    O Banco Central manteve a previsão de Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil em 1% em 2022, segundo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado na manhã desta quinta-feira (24).

     

    Já para a inflação, o RTI apresenta dois cenários diferentes, ambos acima do teto da meta determinada pelo Conselho Monetário Nacional para o ano, que é de 5%.

     

    Como fica o mercado FII com as projeções do Banco Central

     

    O centro da meta de inflação é de 3,5% com margem de erro de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

     

    O cenário que considera o barril de petróleo mais caro projeta inflação em 7,1% este ano e probabilidade de 97% de estouro da meta.

     

    No cenário com a commodity mais barata, a inflação encerra 2022 a 6,3% com probabilidade de 88% de ficar acima do teto da meta.

     

     

    O que isso impacta no mercado FII?

     

    O gestor de investimentos imobiliários da Rio Bravo, Giuliano Bandoni, chama a atenção para cada projeção do relatório do BC e as consequências ao mercado de Fundos Imobiliários, de acordo com o segmento.

     

    A projeção do PIB de 1% no ano, se concretizado, tem impacto nos fundos de tijolo.  

     

    “É um nível de atividade superior ao esperado pelo mercado, o que reflete a atividade das empresas e na economia real com reflexo nos fundos de shoppings por uma tendência de vendas superiores”.

     

    Bandoni ainda destaca o impacto que o PIB de 1% em 2022 teria nos Fundos Imobiliários de lajes corporativas.

     

    “As empresas vão crescer um pouco acima do que o esperado, talvez refletindo efetivamente em decisões de expansão e ocupação de mais espaços”.

     

    Já a inflação alta prevista no relatório do Banco Central pode beneficiar os fundos de certificados de recebíveis imobiliários, os CRIs, conhecidos como fundos de papel.

     

    “Segundo o relatório, a inflação só entra na meta sem riscos a partir de 2024, o que também impacta a taxa básica de juros. Isso é benéfico para os fundos de CRI indexados à inflação que acabam capturando de maneira direta a inflação mais alta, refletindo na distribuição de dividendos para os investidores”.

     

    O gestor também explicou que a perspectiva de redução do aperto monetário pelo Banco Central, ou seja, de um ritmo menos intenso de alta da taxa básica de juros no país (Taxa Selic) pode beneficiar o mercado FII como um todo. Isso deve ocorrer a partir do momento em que o Banco Central começar a se preocupar com a inflação em 2024, o que não será na próxima reunião.

     

    “Aí, o mercado de Fundos Imobiliários e, principalmente, o de FIIs de tijolo, passa a se valorizar com um desconto menor do que existe hoje. Atualmente, o ativo é negociado com desconto expressivo em relação ao custo de reposição como resultado da taxa Selic em nível alto e da concorrência do ativo de renda fixa com menor risco”.

     

     

     

     

     

     


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