Capitânia Logística (CPLG11) firma acordos para venda de ativos em Curitiba, Osasco e Mauá
Transações somam mais de R$ 587 milhões e incluem compromissos com pagamentos escalonados, renda mínima garantida e possibilidade de earn-out

O Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Capitânia Logística (CPLG11) informou ao mercado, por meio de fato relevante divulgado, a assinatura de dois acordos para venda de participações em imóveis logísticos localizados em Curitiba (PR), Osasco (SP) e Mauá (SP). A gestora do fundo informou que as transações integram a estratégia de reciclagem do portfólio, relacionada ao encerramento do primeiro ciclo de investimentos do CPLG11, e que continuará monitorando oportunidades no mercado secundário, em linha com sua estratégia de gestão ativa.
A primeira operação (Transação 1) refere-se à venda de 43,82% de participação no ativo CPLG Meli Curitiba, com área bruta locável (ABL) de 91.890 m², atualmente locado integralmente para o Mercado Livre. O valor total da venda foi acordado em R$ 207.934.573,52, com pagamento em três parcelas: uma à vista na assinatura do contrato, e as outras duas com prazos de 6 e 12 meses, corrigidas pelo IPCA. O contrato prevê ainda uma renda mínima garantida (RMG) por quatro meses ao fundo comprador.
Já a segunda operação (Transação 2) trata da assinatura de um memorando de entendimentos (MoU) para a venda dos imóveis CPLG Osasco e CPLG Mauá, que totalizam 83.427 m² de ABL e estão 100% locados. O valor da operação foi estabelecido em R$ 380 milhões, sendo R$ 330 milhões na data de fechamento (em caixa e por meio de assunção de dívidas via CRIs, além de eventual pagamento em cotas do fundo comprador) e os R$ 50 milhões restantes com vencimento em até 12 meses, também corrigidos por IPCA e acrescidos de juros compostos de 5% ao ano. A transação, condicionada ao cumprimento de condições precedentes específicas, prevê possibilidade de pagamento adicional (earn-out) em caso de revisão de aluguel e RMG de 12 meses ao comprador.
De acordo com o documento os resultados estimados para o fundo com as transações são de R$ 34,67 milhões na Transação 1 (equivalente a R$ 0,80 por cota, com taxa interna de retorno – TIR – projetada de 27,81% ao ano) e de R$ 38,06 milhões na Transação 2 (R$ 0,87 por cota, com TIR estimada de 11,72% ao ano).
A Gestora, já realizou, somente no CPLG11, "quatro desinvestimentos com retornos relevantes aos investidores, e reflete a visão de que, no cenário atual, existem maiores assimetrias entre preço e valor em fundos imobiliários negociados com desconto em bolsa, quando comparados a investimentos diretos em imóveis logísticos, performados ou em desenvolvimento", argumentou a Capitânea Investimentos.
